quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O POVO Online - Política - Vereadores rejeitam emenda que tornaria Cocó área de ocupação

O POVO Online - Política - Vereadores rejeitam emenda que tornaria Cocó área de ocupação

Os trabalhadores da empresa Johnson deflagraram greve

Químicos param Johnson

Os trabalhadores e trabalhadoras da Johnson deflagraram greve na empresa, ontem, 22, no terceiro turno por reivindicações específicas na fábrica. Hoje, durante a assembleia no primeiro turno, às 6h, e no horário administrativo, às 7h30, a empresa acionou a tropa de choque da PM para impedir a assembleia, negar o direito de greve e massacrar os trabalhadores com a força da opressão comum a um regime de Ditadura.

A tropa de choque reuniu os ônibus da empresa na Avenida Cassino Ricardo, conduziu todos em comboio até a empresa, interrompeu o trânsito no Jardim das Indústrias, impediu os trabalhadores de descerem para participar das assembleias e obrigaram os motoristas dos ônibus a avançar sobre o canteiro e entrar na empresa em alta velocidade. Os dirigentes do Sindicato dos Químicos foram barbaramente impedidos de chegar perto dos ônibus e falar com os trabalhadores, que foram mantidos em cárcere privado e violentamente oprimidos pela mira de escopetas da tropa de choque. O tal direito de ir e vir de cada trabalhador, de cada motorista que passava pelo local sucumbiu diante a violência da PM e da intenção da empresa em criar uma praça de guerra.

Cenas antes só vistas na época da Ditadura Militar foram produzidas pela tropa de choque para – ilegalmente – atuar como agentes da repressão a serviço dos interesses e lucros da empresa. É a barbárie da democracia da empresa e da violência da tropa de choque. É inadmissível constatar que em um estado de democracia os trabalhadores sejam tratados como reféns da Polícia Militar e coagidos sob a mira de armamento. A instituição que deveria proteger os trabalhadores e toda a sociedade colocou a vida dos cidadãos em risco.

Na assembleia do horário administrativo, a tropa de choque saiu marchando de dentro da empresa, como a Johnson fosse o quartel da PM, para mais uma vez tentar impedir a adesão à greve.

No total, a violência armada da polícia colocou cinco ônibus do primeiro turno e cinco do administrativo para dentro a força. Os outros dez ônibus do primeiro turno e sete do administrativo chegaram até a portaria da empresa na Dutra, mas não conseguiram impedir estes trabalhadores de descerem para participar da assembleia e aderir à greve ainda com mais vontade e sentimento de revolta contra a barbárie da tropa de choque.

Os trabalhadores mantiveram a greve deflagrada ontem à noite e ainda aprovaram um repúdio à ação da empresa em usar a polícia militar como guarda particular para escoltar e oprimir a categoria. Isso, de nenhuma forma, é aceitável em uma democracia.

Os trabalhadores também são solidários aos companheiros que foram mantidos reféns da tropa de choque e obrigados a entrar na empresa mesmo querendo participar da assembleia de greve.

A paralisação continua por tempo indeterminado. Dos quatro mil trabalhadores da empresa, aproximadamente, 600 foram escoltados a força, dois mil seguem de braços cruzados.

A Johnson fica no KM 154 da Rodovia Presidente Dutra. A portaria principal fica no Jardim das Indústrias.

Reivindicações específicas na Johnson

· Abono salarial;

· Vale-alimentação;

· 85% de hora extra em dias normais e 130% durante o descanso semanal renumerado, dias compensados e feriados;

· Gatilho salarial de 5%;

· Redução do custo do transporte dos trabalhadores;

· Redução da jornada para os trabalhadores das empresas terceirizadas em igualdade com os trabalhadores do grupo Johnson;

· Restabelecimento e reposição dos valores de piso salarial rebaixado pela empresa com equiparação garantindo-se função igual, salário igual;

· Fim do sistema de operações em que um trabalhador opera mais de uma máquina ao mesmo tempo;

· Garantia de 60 minutos de intervalo para refeição.

Mais informações:

Wellington Cabral, diretor do Sindicato dos Químicos. Tel.: (12) 7820-9357

Nancy, assessoria política. Tel.: (12) 7820-9254

Emerson José, assessor de imprensa. Tel.: (12) 7820-9464

Manuel, assessor de imprensa. Tel.: (12) 9744-6526


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Câmara entrega título de Cidadão a Gilvan Rocha

http://www.opovo.com.br/app/opovo/politica/2011/11/22/noticiapoliticajornal,2339733/camara-entrega-titulo-de-cidadao-a-gilvan-rocha.shtml

http://www.psolceara.org.br/noticias/a-esquerda

À Esquerda
Gilvan Rocha será Cidadão de Fortaleza, em solenidade na CMF, dia 22

Escrito por Helena Martins
Qua, 16 de Novembro de 2011 10:56

O escritor e militante socialista Gilvan Rocha conquistará a Cidadania de Fortaleza – propositor: João Alfredo -, em 22 próximo, às 19h:30min, na CMF. Pernambucano, Rocha, que estreou no semi-clandestino Partido Comunista Brasileiro em 1958 e organizou o PT no CE pós-exílio entre Portugal e Argentina, debutou no PSB em 1995, figurando, em 2005, como um dos fundadores do PSol.

Presidente do Centro de Atividades e Estudos Políticos, Gilvan Rocha – ex-militante do MRT - Movimento Revolucionário Tiradentes - e participante do Movimento Guerrilheiro no Norte de Goiás, que lhe valeu, em 1962, prisão e enquadramento na Lei de Segurança Nacional, é autor dos livros "Vermelho Cor de Esperança", "Bye, Bye PT", "Meio Século de Caminhada Socialista", " Comunistas, Filhos da Pátria" e "1964, A Grande Derrota".

Fonte: O Povo

Última atualização em Qua, 16 de Novembro de 2011 10:57

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Nota Oficial da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa sobre a saída de Orlando Silva do Ministério dos Esportes

A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa das 12 cidades-sede, composta por movimentos sociais e populares, entidades, organizações e militantes que defendem uma Copa inclusiva, democrática e sem violações de direitos humanos, vêm a público se manifestar sobre a saída de Orlando Silva do Ministério dos Esportes, bem como reforçar a preocupação com a condução das questões relacionadas aos Mega Eventos no Brasil.

A gestão do ex-ministro Orlando Silva foi incapaz de avançar na efetivação da Política Nacional de Esporte. Ainda foi marcada pelo aparelhamento do Ministério para favorecimento das grandes empresas, pela terceirização da política pública através dos convênios com entidades particulares, pelo desrespeito aos atletas (muitos dos que competiram no PAN ficaram todo o primeiro semestre de 2011 sem receber o apoio financeiro das bolsas governamentais) e pelo descumprimento das decisões e diretrizes das Conferências Nacionais dos Esportes, como a criação do Sistema Nacional do Esporte e Lazer.

Durante o período em que esteve à frente do Ministério dos Esportes, experimentou-se pronunciada omissão do Estado na construção de uma política pública séria e efetiva no campo esportivo, bem como seguido desrespeito à sociedade civil e aos processos de participação democrática, motivo que, sozinho, já justificaria sua retirada.

Porém, seu principal legado é a condução autoritária e nebulosa das negociações e implantação da Copa do Mundo de 2014. Infelizmente, mais próximos de uma vitrine de oportunidades econômicas especulativas do que de um evento esportivo, visando sobretudo o lucro e o favorecimento da FIFA e de seus patrocinadores. Os jogos projetados pela gestão de Orlando Silva, e de todo o governo federal, são responsáveis diretos pelos grandes prejuízos sociais, econômicos e culturais já instaurados ou em fase de consolidação no país.

Acompanhamos diariamente o estado de exceção imposto para a viabilização da Copa no Brasil nos moldes ditados pela FIFA. Vemos populações inteiras sendo despejadas (números ainda provisórios apontam que aproximadamente 150 mil famílias serão atingidas), camelôs sendo proibidos de exercer suas atividades, moradores em situação de rua expulsos, cidades militarizadas, obras superfaturadas, desvio de dinheiro público e a criação de uma base legal que visa ferir a soberania brasileira e os direitos historicamente conquistados.

A Lei Geral da Copa, idealizada também pelo Ministério de Orlando Silva e agora em discussão no Congresso Nacional, merece atenção e desconfiança da população, pois prevê:

a) as patentes para a FIFA de nomes e símbolos relacionados à Copa;

b) a supressão dos direitos à meia-entrada e outros direitos do consumidor conquistados;

c) a proibição de atividade em território público, mas considerado pela FIFA como de interesse dos jogos;

d) a substituição do visto consular pelo ingresso vendido pela FIFA como autorização de entrada no país; e, principalmente,

e) pela submissão do Estado brasileiro como responsável por todos os prejuízos da entidade.

Ademais, a Lei Geral também cria novos tipos penais e juizados especiais que servirão para coibir e criminalizar a população brasileira em seu próprio território, colocando os interesses estrangeiros (da FIFA) acima dos nacionais.

A FIFA é uma empresa privada, assim como seu Comitê Organizador Local, e tanto a empresa quanto seus dirigentes são alvo de inúmeras denúncias e investigações internacionais.

Finalmente, o Ministério dos Esportes e o governo brasileiro já autorizaram maior endividamento dos estados e municípios

para a Copa. Também aprovaram orçamentos bilionários, desvirtuando prioridades, e isenção fiscal para todas as atividades relacionadas aos Mega Eventos. Ou seja, a FIFA e as pessoas a ela ligadas não pagarão um único centavo de impostos no Brasil. Ficará a dívida, a conta que já está sendo paga pela falta de investimentos nas políticas de saúde, educação, habitação e trabalho, entre outras.

Orlando Silva caiu depois de uma gestão desastrosa para o Esporte e a sociedade brasileira. Infelizmente, porém, esta mesma política deve continuar com Aldo Rebelo, uma vez que ainda não foi questionada.

Lutaremos sempre para barrar medidas abusivas como a Lei Geral e garantir o direito das populações atingidas pela Copa do Mundo.

O ministro sai acuado por várias denúncias de desvio de verba e favorecimento ilícito. Nos posicionamos pela justiça e respeito aos direitos e garantias fundamentais como princípio norteador. E defendemos também a publicidade e transparência, inclusive para que a população saiba, dentre outras coisas, que o novo Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, teve sua campanha financiada por pelo menos três dos 10 patrocinadores nacionais da CBF, além de empreiteiras beneficiadas com as obras da Copa de 2014.

Por essas razões, defendemos acima de tudo:

a) que as obras para a viabilização da Copa de 2014 sejam realizadas com transparência, participação e controle social, assegurando o direito à moradia e ao trabalho; todas as populações (trabalhadores e moradores) removidos pelas obras da Copa tenham seu direito de defesa respeitado; e possam ter de volta moradia e emprego dignos;

b) que os(as) atletas olímpicos tenham seu direito à bolsa Atleta garantido e que as políticas da Conferência de Esporte sejam cumpridas, bem como que a Política de Esporte Nacional seja desenvolvida de forma responsável e pública, e não através de transferência de recursos a convênios privados sem controle social;

c) que a população brasileira tenha o direito de opinar sobre a perda de soberania com a Lei Geral da Copa, os gastos bilionários do orçamento público para a realização da Copa e a isenção de impostos para a Fifa.

Sem estes direitos assegurados, de nada vale o direito de defesa do ministro, do governo federal e da FIFA, pois seus crimes e violações continuarão em curso.

Assinam esta nota os Comitês Populares da Copa de Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Manaus, Cuiabá, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Fortaleza, Curitiba e Natal.

31 de outubro de 2011