As organizações e pessoas abaixo assinadas apoiam a Reserva Extrativista
(Resex) da Prainha do Canto Verde e se solidarizam com os militantes
Beto, Lindomar e René, perseguidos, criminalizados, caluniados e
injuriados pelo advogado Paulo Lamarão. Esse advogado atua também em
favor do empresário
Tales de Sá Cavalcante, dono da rede privada de ensino Farias Brito no
Ceará, que alega ser proprietário de terras onde a comunidade vive.
Nos últimos meses, Paulo Lamarão vem disseminando na internet uma
série de acusações sobre os militantes citados e sobre a Associação
Amigos da Prainha do Canto Verde, uma organização suíça de cooperação
internacional, que apóia iniciativas comunitárias na Zona Costeira do
Ceará.
Pra melhor esclarecer o problema:
Em 2006, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu a
ilegalidade dos documentos do Empresário Antonio Sales que, desde os
anos de 1970, se dizia dono das terras da comunidade. Em 2009, com o
esforço da organização comunitária, Canto Verde conquistou o direito de
ter as terras em questão, e a parte de mar que a comunidade necessita
para realizar a pesca artesanal, protegidas pelo Estado, se tornando uma
Reserva Extrativista.
A Reserva é de aproximadamente 29.216,71 hectares. Desses, 577,55
compõem sua parte de terra. O empresário Tales tem uma propriedade de
veraneio de 08 hectares dentro dessa área. Quando a Reserva foi
decretada, ele se apresentou como dono de 333,92 hectares da sua parte
de terra.
Existem, pois, evidentes interesses de uma única pessoa, um
empresário, em detrimento dos direitos e das necessidades coletivas de
pelo menos 200 núcleos familiares que habitam, trabalham e zelam por
aquele território.
Desde a decretação da Resex, Tales e uma organização local criada
com o apoio seu, e de seu advogado Paulo Lamarão, abriu diversos
processos administrativos e jurídicos que questionam a fundação da Resex
e exigem que se retire dela toda a parte de terra.
Para assinar também: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N39067
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