domingo, 4 de setembro de 2011

Moção de repúdio e exigência contra a criminalização na AmBev de Jacareí e de solidariedade ao camarada Joaquim ‘Boca’ Aristeu.

MOVIMENTO POPULAR TERRA LIVRE

Moção de repúdio e exigência contra a criminalização na AmBev de Jacareí e de solidariedade ao camarada Joaquim ‘Boca’ Aristeu.

Lutar não é crime, lutar é um direito garantido aos trabalhadores pela constituição federal e Organização Internacional do Trabalho, todos os trabalhadores tem o direito de expressão garantido pelas convenções internacionais da OIT, e pelas organizações de direitos humanos a nível mundial.

Na AmBev lutar por direitos dos trabalhadores tais como: Aumento salarial, melhores condições de trabalho, assim como o combate a exploração com o banco de horas, jornadas excessivas, onde se trabalha até 15 dias sem folga, denunciar o assédio moral e a falta de segurança que cria um exército de acidentados e doentes do trabalho tem sido considerado crime.

Pois estes foram os motivos que levaram a abertura de um processo de sindicância no ultimo dia 29/09 contra Joaquim Aristeu Benedito da Silva, o BOCA, ativista sindical e membro da direção estadual da CSP- Conlutas de São Paulo, militante da LSR (corrente interna do PSOL) e Vice Presidente da CIPA na AMBEV onde trabalha há 23 anos. Essa punição foi aplicada simplesmente por que o companheiro distribuiu o boletim chamado CHÃO DE FABRICA na portaria da empresa no ultimo dia 26 de agosto de 2011.

Neste boletim informativo da oposição da qual o companheiro faz parte estava sendo denunciado o lucro da AmBev tirado a partir da exploração dos trabalhadores, sendo a mesma considerada a terceira maior empresa em arrecadação no nosso país. Como também o baixo salário dos trabalhadores, e as péssimas condições de trabalho dentro desta empresa.

O objetivo desta sindicância é afirmar que o companheiro BOCA cometeu uma falta grave e por tanto o seu contrato de trabalho deve ser suspenso, conseqüentemente o seu salário e benefícios como convenio médico entre outros. Alias a comissão formada para condenar o companheiro não é nada democrática, não conta com a presença de nenhum trabalhador, a mesma é composta por dois gerentes e um assessor jurídico da empresa.

No dia 01 de setembro o companheiro Joaquim foi afastado por 5 dias do seu trabalho por essa empresa, sabemos muito claramente dos motivos que levaram ao afastamento do companheiro que tem heroicamente defendido os direito dos trabalhadores nesta empresa. Esse afastamento tem por objetivo tirar o companheiro em um momento de intensificação da campanha salarial na empresa, inclusive com indicativo de greve por parte dos trabalhadores como também afastamento do companheiro da campanha para sua reeleição para CIPA.

Neste sentido nós do Movimento Popular Terra Livre, nos solidarizamos com o companheiro JOAQUIM, afinal lutar não é crime, e com os trabalhadores da AmBev por sua luta contra a exploração. Exigimos da direção da AmBev que arquivem esta sindicância antidemocrática, dando um basta com esta criminalização contra o companheiro Joaquim e demais trabalhadores, que respeite as reivindicações dos trabalhadores e o livre direito de manifestação.

Exigimos a anulação desta suspensão absurda, e apoiamos a campanha de denuncias e manifestações que venham a ocorrer nas portas de fabricas e nos eventos onde as marcas da AmBev estiverem presentes, lutaremos contra qualquer tipo de criminalização contra os dirigentes e trabalhadores dentro da AmBev e em todos os lugares onde há exploração e falta de democracia aos trabalhadores.

Coordenação Nacional do Movimento Popular Terra Livre


Goiânia, 02 de setembro de 2011.

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