Manifestantes pedem que votação das Zeis aconteça este ano

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De acordo com a integrante da Fundação Marcos de Bruin, Auxiliadora Solon, a Prefeitura quer modificar o projeto para dar margem à especulação trazida pela Copa do Mundo.


Moradores do Lagamar realizaram, ontem, manifestação em frente à Prefeitura de Fortaleza para reivindicar o cumprimento do acordo realizado entre eles e o Executivo municipal para que seja votado ainda esse ano o projeto de lei que define o Lagamar como uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS).



A manifestação começou por volta das 10h30. Entre os manifestantes, estavam representantes da Fundação Marcos de Bruin, Associação de Moradores do Lagamar, representantes de movimentos ligados à juventude, crianças e terceira idade.

Segundo os moradores do Lagamar, a Prefeitura afirmou que o acordo já estava sendo encaminhado. Entretanto, na quarta-feira, propôs que o projeto de lei fosse alterado, incluindo ressalvas no texto, o que despertou a comunidade para a manifestação.



De acordo com a integrante da Fundação Marcos de Bruin, Auxiliadora Solon, a Prefeitura quer modificar o projeto para dar margem à especulação trazida pela Copa do Mundo. “A Prefeitura quer fazer essas ressalvas para encaminhar o projeto com alterações naquilo que já havia sido definido pelo Plano Diretor. Essas alterações possibilitaram brechas para que o território do Lagamar seja explorado pelas obras da Copa”, afirmou.



MAIS PARTICIPAÇÃO POPULAR

Os manifestantes reivindicaram a participação na reunião que discutirá o encaminhamento do projeto a Câmara Municipal e afirmaram que não abririam mão do projeto do modo como foi definido pelo Plano Diretor, sem ressalvas.



Uma comissão composta alguns representantes da comunidade foi formada e formalizou esse encaminhamento em uma reunião com o titular da Secretaria de Planejamento e Orçamento (Sepla), José Meneleu. Segundo a Sepla, um encontro aconteceu ontem à tarde para fechar os detalhes. Devido à manifestação, o projeto, feito pela gestão sem a participação dos segmentos sociais, não foi entregue à Câmara ontem. A proposta ainda está sem data definida para entrar em pauta. A gestão ainda avalia os pedidos dos manifestantes, mas a SEPLA não confirmou se dará ‘brechas’ ou não à participação popular na feitura e revisão do texto original. (Thatiany Nascimento)