sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A FARDA NÃO ENSINA

A FARDA NÃO ENSINA

“A FARDA NÃO ENSINA, QUEREMOS ESTUDAR”. Essa era uma bandeira de luta do movimento estudantil Juventude Vermelha, no final da década de 90, em Fortaleza. Veio-me a boa recordação do tempo bom que não volta mais, depois de um artigo publicado no O Povo, no dia 22 de dezembro, do professor da UVA de Sobral, Vicente Martins.

O professor conservador defende o uso obrigatório da farda nas escolas públicas e tenta justificar apresentando três motivos sem fundamentos, pois vejamos:

Ele defende que a farda oferece segurança ao aluno dentro e fora da escola e ajuda a população ou a guarda municipal denunciar ao conselho tutelar no caso “gazeadores de aula”. Ora, que ridículo, quando eu estudava no Liceu do Conjunto Ceará, em 1998- 2000 a diretora tinha o mesmo argumento, no entanto, presenciei um colega fardado sendo espancado e roubado perto da escola. Em caso de acidente no caminho de casa a escola, o aluno deve portar um documento de identificação. De propósito, a farda tem telefone de contato e números de RG ou CPF?  Bem, se a farda é antiviolência, então, só vou andar agora na rua de farda. Mas, espera aí, porque então que os professores não usa farda? Já sei. Estão impunes da violência. 

Enquanto aos conselheiros tutelares e a população, devem denunciar a falta de boa infraestrutura nas escolas e a pedagogia do terror. O acesso a escola não pode ser condicionada ao uso de farda. Afinal, investir na educação com esporte, lazer, garantir a liberdade de estilo e uso de adereços nas escolas é melhor do que papo furado, mesmo porque a causa da violência é o capitalismo e não a falta de farda.  Defendo que o aluno usa a farda se quiser, já que o uniforme não ensina só uniformiza a criança e a juventude desrespeitando as diferenças de estilos culturais.




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